RESENHA: Alice Black - Princesinha do Inferno
- Déborah Passos
- 25 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de mai. de 2020
Alice Black - Princesinha do Inferno
Editora Pendragon | 4,5🌟

⠀
❝—Não vê que estou aqui lutando para dizer que você Alice Black é o pagamento? O meu pagamento!
— Que história é essa? Não sou pagamento nenhum! Que direito você tem de me manter presa aqui?.❞
Alice Black é um #euleionacional 🖤 ela é roadie da Mell’s Angels, uma banda de rock iniciante, cuja estrela é sua irmã. Humilhada pelos integrantes, sua situação piora quando descobre que eles venderam sua alma em troca de sucesso imediato. Lançada no submundo, enquanto a banda desponta para o estrelato, inicia uma louca jornada através dos perigos, descobertas, desafios e, - porque não? - encantos de um inferno totalmente rock and roll, governado por um Príncipe das Trevas que talvez nem seja tão ruim assim.
👩🏻🦰Alice é roadie da banda da irmã, onde é explorada pelo seu trabalho e chamada de Desplugada pelos integrantes. Com um coração bom, acredita que eles podem gostar dela. Mas inocente que é, não percebe que foi enviada como pagamento em troca do sucesso. Nas profundezas do Inferno, encontra seres malvados, torturas e esquisitices, mesmo assim ela entra em uma jornada para descobrir como sair dali.
Outro personagem, é o Príncipe das Trevas. James mostra ao leitor que nem tudo é preto ou branco, que pode existir amor, amizade e confiança em qualquer lugar.
🌟O enredo é fora do normal e ambientado no Inferno. A protagonista me lembra a Cinderela, sofre inúmeras injustiças, mas nunca perde a força. Sem falar da escrita, é fluida, jovial e descritiva. É incrível a imaginação dos autores, eles descreveram o Submundo de uma forma surreal e convicta. Uma relação de amor e ódio pela Alice, um carinho pelo Às de Espadas e amor à música.
Gosto quando o livro é repleto de easter eggs, esse é um conto de fadas invertido, com as mesmas loucuras e descrições de várias fábulas famosas, além de referências das músicas e bandas. Adorei a proposta de ter um personagem em que o leitor se identifica. Existem muitas Alice’s no mundo e que são prejudicadas pela ambição dos outros.
Achei interessante que a paixão pelo rock (dos autores) é transmitida pelo livro, na forma da escrita deles. A obra é inusitada do início ao fim. 🖤
"- Vamos, menina. Fale comigo... - Sussurrou ela, arriscando um ou outro acorde mais difícil, ainda sem muito sucesso.
- Você não tem que conversar com ela. Deixe-a falar por você. Para isso os instrumentos existem. São armas e escudos, usados conforme as batalhas e desejos de cada músico - disse a voz de James, em um tom suave e amistoso, soando bem perto do ouvido de Alice."
Comments